O Alcorão Sagrado
O ALCORÃO OU COURÃO : O LIVRO SAGRADO DO ISLÃ
O alcorão quer dizer “recitação” e as suas palavras tem sido entoadas em voz alta, habitualmente. Quando Maomé recebeu os primeiros versículos, em 610, d.C, o arcanjo ordenou: “Igra”, Recite!”!> Inicialmente o Alcorão enfoca a unidade de Deus, o papel deste na história, o julgamento e a necessidade de ajudar as outras pessoas. As ultimas suras tratam de assuntos comunitários relacionados coma família, casamento, etc.
“EM NOME DE DEUS, BENEFICENTE E MISERICORDIOSO! LOUVADO SEJA DEUS, SENHOR DOS MUNDOS. BENEFICENTE E MISERICORDIOSO. SENHOR DO DIA DO JULGAMENTO! A TÍ SOMENTE, ADORAMOS, A TI SOMENTE, PEDIMOS SOCORRO! MOSTRA-NOS O BOM CAMINHO. O CAMINHO DESSES QUE TENS FAVORECIDO; NÃO O CAMINHO DESSES QUE INCORREM NA TUA CÓLERA NEM O DOS QUE SE PERDEM! AMÉM!”
Acorão, Sura I, surat Al-Fatha – Introdução
Os muçulmanos podem se referir ao Alcorão usando um título que denota respeito, como Al-Karim (“o Nobre”) ou Al-Azim (“o Magnífico”). É um dos livros mais lidos e publicados no mundo, sendo que, não é vendido pelos muçulmanos e, sim, dado.
ETMOLOGIA
Há duas variantes para o nome do livro usadas comumente: Corão e Alcorão. Por vezes se afirma que, como o prefixo al-, corresponde ao artigo definido árabe, o seu uso seria desnecessário;[carece de fontes] no entanto, nas muitas palavras portuguesas de origem árabe que se iniciam por ela, como “almanaque” ou “açúcar”, a partícula não foi suprimida. José Pedro Machado nota que a palavra Alcorão está registrada desde os mais antigos documentos em português e ao longo de toda a história da língua, ao contrário de Corão, recentemente importada.[carece de fontes]
ESTRUTURA DO ALCORÃO
O Alcorão está organizado em 114 capítulos, denominados suras, divididas em livros, seções, partes e versículos. Considera-se que 92 capítulos foram revelados ao profeta Maomé em Meca, e 22 em Medina. Os capítulos estão dispostos aproximadamente de acordo com o seu tamanho e não de acordo com a ordem cronológica da revelação.
Cada sura pode por sua vez ser subdividida em versículos (ayat). O número de versículos é de 6536 ou 6600, conforme a forma de os contar.
A sura maior é a segunda, com 286 versículos; as suras menores possuem apenas três versículos.
Os capítulos são tradicionalmente identificados mais pelos nomes do que pelos números. Estes receberam nomes de palavras distintivas ou de palavras que surgem no inicío do texto, como por exemplo A Vaca, A Abelha, O Figo ou A Aurora. Contudo, não se deve pensar que o conteúdo da sura esteja de alguma forma relacionado com o título do capítulo.
COMO FOI ESTRUTURADO
O Alcorão não foi estruturado como um livro durante a vida de Maomé. À medida que o profeta recebia as revelações, ele solicitava ao jovens letrados que integravam a sua comitiva para que transcrevessem os textos. O chefe desta equipe de secretários, que surgiu de forma institucionalizada após a Hégira, em Meca, foi Zayd ibn Thabit. O texto foi preservado em materiais dispersos tão variados como folhas de tamareira, pedaços de pergaminho, omoplatas de camelos, pedras e também na memória dos primeiros seguidores. Durante as noites do Ramadão, Muhammad recapitulava as revelações, numa conferência onde estava presentes os logógrafos (escritores profissionais) e os hafiz, ou seja, pessoas que conheciam passagens de memória (que escutaram nas prédicas do profeta).
Após a morte de Maomé em 632 iniciou-se o processo de recolhimento dos vários extratos.
Para alguns, o Alcorão terá sido composto na sua forma actual sob a direcção do califa Abu Bakr nos dois anos que se seguiram à morte de Muhammad; outros defendem que foi o califa Omar o primeiro a compilar o Alcorão. Considera-se que a verdade está a meio termo: Abu Bakr foi aconselhado por Omar a compilar um primeiro manuscrito, auxiliado na tarefa por logógrafos e por dois hafiz.
Entre 650 e 656, durante o califado de Otman, o Alcorão se estruturou de uma forma mais oficial. Otman nomeou uma comissão para decidir o que deveria ser incluído ou excluído do texto final do Alcorão. Foi então constituído um “livro-referência” a partir do qual se criaram seis cópias que foram enviadas para Meca, Iémen, Bahrein, Bassora e Kufra.
CONTEÚDO DO ALCORÃO
O Alcorão descreve as origens do Universo, o Homem e as suas relações entre si e o Criador. Define leis para a sociedade, moralidade, economia e muitos outros assuntos. Foi escrito com o intuito de ser recitado e memorizado. Os muçulmanos consideram o Alcorão sagrado e inviolável.
Para os muçulmanos, o Alcorão é a palavra de Deus, sagrada e imutável, que fornece as respostas acerca das necessidades humanas diárias, tanto espirituais como materiais. Ele discute Deus e os seus nomes e atributos, crentes e suas virtudes, e o destino dos não-crentes (kuffar); até mesmo temas de ciência. Os muçulmanos não seguem apenas as leis do Alcorão, eles também seguem os exemplos do profeta, o que é conhecido como a Sunnah, e a interpretação do Corão contida nos ensinamentos do profeta, conhecida como hadith.
Aos muçulmanos é ensinado que Deus lhes enviou outros livros. Para além do Alcorão, os outros são o livro de Ibrahim (que se perdeu), a lei de Moisés (a Torá), os Salmos de David (o Zabûr) e o evangelho de Jesus (o Injil). O Alcorão descreve cristãos e Judeus como “o povo do livro” (ahl al Kitâb).
Os ensinamentos do Islão englobam muitas das mesmas personagens do judaísmo e do cristianismo. Personagens bíblicas bem conhecidas como Adão, Noé, Abraão, Moisés, Jesus, Maria (a mãe de Jesus) e João Baptista são mencionados no Alcorão como profetas do Islão. No entanto, os muçulmanos freqüentemente se referem a eles por nomes em língua árabe, o que pode criar a ilusão de que se trata de pessoas diferentes (exemplos: Alá para Deus, Iblis para Diabo, Ibrahim para Abraão, etc).
Quando uma criança nasce no seio de uma família muçulmana, os seus pais são saudados com a fórmula “Que esta criança possa estar entre os anunciadores do Alcorão”.
As crianças muçulmanas aprendem desde cedo a começar determinados atos da sua vida, como as refeições, com a fórmula “Em nome de Deus” (Bismillah) e a concluí-los com a expressão “Louvado seja Deus” (Al-Hamdu Lillah). Estas frases são as mesmas que se encontram nos dois primeiros versículos da primeira sura.
Algumas partes do Alcorão são recitadas durante momentos especiais da vida como o casamento ou no leito de morte. Em muitos países muçulmanos certos aspectos da vida pública começam com a recitação de passagens deste livro considerado sagrado.
Os muçulmanos não tocam no livro sagrado senão após a ablução, conhecida como wudu.
Normalmente, os muçulmanos guardam o Alcorão numa prateleira alta do quarto, em sinal de respeito pelo Alcorão e alguns transportam pequenas versões consigo para seu conforto ou segurança. Apenas a versão original em árabe é considerada como o Alcorão; as traduções são vistas como sombras fracas do significado original.
Uma vez que os muçulmanos tratam o livro com reverência, consequentemente é proibido reciclar, reimprimir ou deitar cópias velhas do Alcorão para o lixo. Como solução alternativa, os volumes do Alcorão devem ser enterrados ou queimados de uma maneira respeituosa.
Alcorão é a palavra de Allah, revelada a Mohammad, desde a Surata da Abertura até a Surata dos Humanos, constituindo o derradeiro dos livros revelados à humanidade.
Ele ncerra, em sua totalidade, diversificadas nuanças, tais como: a felicidade, a reforma entre os homens, a concórdia, no presente e no futuro; ele foi revelado, versículo por versículo, surata por surata, de acordo com as situações e os acontecimentos, no decorrer dos vinte e três últimos anos da vida do Profeta Mohammad. Uma parte foi revelada antes da Hégira, em Makka, e outra depois, em Madina.Os versículos e as suratas revelados em Makka abrangem as normas da crença em Allah, em Seus anjos, em Seus livros, em Seus mensageiros e no Dia do Juízo Final. Os versículos e as suratas revelados em Madina dizem respeito aos rituais e à jurisprudência.
Nele há narrativas sobre os nossos antecessores e sobre os nossos sucessores, e é um árbitro entre nós. Há narrativas de povos anteriores, de séculos passados; há histórias dos profetas, dos mensageiros, dos povos, dos grupos, das pessoas, dos acontecimentos e do desenrolar da história da civilização; nele há explicações e exemplos para aqueles que por ele queiram pautar suas vidas, e exortação para quem tem coração e está disposto a aceitá-la, e a prestar testemunho. Ele revela a Lei imutável de Allah, quer seja na perdição dos extraviados, quer seja na salvação dos encaminhados. Ele ensina que o mundo dos homens, no decorrer dos séculos, só é benéfico com a religião de Allah; que a humanidade, o que quer que faça, não alcançará a almejada felicidade se não se iluminar, guiando-se com a Mensagem Divina.
Nele há revelações do futuro sobre o dia da Ressurreição, sobre a Vida Futura, no dia em que os homens se congregarão junto ao Senhor do Universo. “Aquele que fizer um bem, quer seja do peso de um átomo, vê-lo-á; e aquele que fizer um mal, quer seja do peso de um átomo, vê-lo-á” (99ª Surata, versículos, 7 e 8).
Nele há o julgamento dos problemas e das questões onde é premente uma explicação e uma diretriz do caminho a seguir, no que diz respeito às questões da crença e do pensamento, do caráter e do comportamento, das relações econômicas, dos ramos doutrinários, dos julgamentos pessoais ou não: “Ó humanos, já vos chegou uma prova convincente de vosso Senhor e vos enviamos uma translúcida Luz” (4ª Surata, versículo, 174).
O Alcorão é dirigido a toda a humanidade, sem distinção de raça, cor, região ou tempo. Ainda mais, ele procura guiar a humanidade em todas as sendas da vida: espirituais, materiais, individuais e coletivas. Ele contém diretrizes para a conduta do chefe de Estado, bem como do homem comum; do rico, bem como do pobre; diretrizes para a paz, bem como para a guerra; tanto para a cultura espiritual como para o comércio e bem-estar material. O Alcorão busca principalmente desenvolver a personalidade do indivíduo: Cada ser será pessoalmente responsável perante seu Criador. Para tal propósito, o Alcorão não somente fornece ordens, porém tenta ainda convencer. Ele apela para a razão do homem e relata histórias, parábolas e metáforas. Descreve os atributos de Allah, que é Um, Criador de tudo, Onisciente, Onipotente, Ressuscitador dos mortos e Observador de nosso comportamento terreno; é Justo, Clemente (Vide nota da 7ª Surata, versículo 180). O Alcorão indica ainda o modo de aprazermos a Allah, apontando quais as melhores orações, quais os deveres do homem com respeito a Ele, a seus semelhantes e a seu próprio ser; ele dá destaque ao fato de que não nos pertencemos, outrossim, pertencemos a Allah. O Alcorão fala das melhores normas relacionadas com a vida social, comercial, matrimonial, como a heranca, o direito penal, o direito internacional, e assim por diante. Todavia, o Alcorão não é um livro, no senso comum; é a coleção das palavras de Allah, reveladas de tempos em tempos, durante vinte e três anos, a Seu Mensageiro, escolhido entre os seres humanos. O Soberano dá Suas instruções a Seu vassalo; portanto, há certas nuanças compreendidas e implícitas; há repetições, e mesmo mudanças nas formas de expressão. Deste modo, Allah fala às vezes na primeira pessoa e às vezes na terceira. Ele diz “Eu”, bem como “Nós” e “Ele”, porém, jamais “Eles”. É uma coleção de revelações enviadas de ocasiões em ocasiões; e devemos, por isso, lê-lo mais e mais, a fim de melhor avaliarmos os seus significados. Ele possui diretrizes para todos, em todos os lugares e para todos os tempos.
- Fonte:http://joaobosco.wordpress.com/2008/07/24/o-alcorao-sagrado/
- O Alcorão é a maior dádiva de Deus à humanidade e a sua sabedoria é de uma espécie única, exposto, em termos breves, o propósito do Livro consiste em ser o recepitor das revelações divinas, o qual restaura a eterna verdade de Deus, como guia da humanidade no caminho certo.
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- O Alcorão é a palavra de Deus revelada ao Profeta Muhammad
(que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), através do Arcanjo Gabriel (que a Paz esteja com Ele), a qual ultapassa a imaginação humana para se produzir uma obra desta grandeza.
- Os contemporâneos de Muhammad
(que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), foram, sem dúvida, os maiores mestre da língua árabe com motivos para produzir um texto sem rival.
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- Mas eles não poderiam produzir nada como o Alcorão, em conteúdo e estilo, Muhammad
(que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), não tinha preparação escolar formal, mas não fez segredo disso, o seu maior crédito era que sendo iletrado, viveu entre povo iletrado para ensinar a humanidade inteira, a verdadeira Mensagem de Deus para toda à humanidade. Este é o primeiro fato acerca do Alcorão ou seja a palavra de Deus.
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- O segundo fato acerca deste Livro é a autenticidade do seu conteúdo e a ordem em que estão distribuídas várias matérias, a autenticidade do Alcorão não deixa dúvidas pela sua pureza, originalidade e integridade do seu texto.
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- Investigadores e estudiosos qualificados, muçulmanos e não muçulmanos, concluiram, já que o Alcorão de hoje é o mesmo Livro que Muhammad
(que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), recebeu, ensinou, por ele viveu, e o legou à humanidade há mais de 14 séculos.
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- Algumas observações podem ilustrar a autenticidade do Alcorão:
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- 1º- O Alcorão foi revelado em fragmentos, a palavra Alcorão significa Livro por excelência.
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- Diz Deus no Alcorão:
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- ''Eis o Livro que é indubitavelmente a orientação dos tementes a Deus;'' (2ª Surata, versículo 2)
- A composição do Alcorão e as revelações graduais das suas passagens foram os planos e desejos de Deus, desejos pelos quais Muhammad
(que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), e os seus companheiros lutaram.
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- Diz Deus no alcorão:
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- ''Os incrédulos dizem: Por que não lhe foi revelado o Alcorão de uma só vez? Saibam que assim procedemos para firmar com ele o teu coração, e o te ditamos em versículos, paulatinamente.'' (25ª Surata, versículo 32)
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- E disse ainda:
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- ''Não movas a língua com respeito ao Alcorão para te apressares para sua revelação. Porque a Nós incumbe a sua compilação e a sua recitação;'' (75ª Surata, versículo 16-17)
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- 2º- Os árabes distinguiram-se pelo seu apurado gosto literário, pelo que conseguiram gozar e apreciar as boas peças de literatura, que o Alcorão lhes facultou. Sentiram-se movidos pelo seu tocante tom e atraídos pela sua extraordinária beleza, encontrando nele a maior satisfação e a mais profunda alegria, ao ponto de memorizar a maior parte do Livro.
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- O seu estilo rítmico continua a ser admirado e acarinhado por todos os muçulmanos e por muitos não-muçulmanos.
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- 3º- Hoje, muitos muçulmanos, homens e mulheres, fazem a recitação diária de uma parte do Alcorão, em orações e vigílias noturnas. A recitação do Alcorão é para os muçulmanos uma forma elevada de adoração e uma prática diária.
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- 4º- Os árabes admiraram sempre bons poemas, distinguindo-se como autores de boa literatura, foram distinguidos pela sua sensibilizada memória em que a literatura ocupou sempre o lugar de relevo. O Alcorão foi reconhecido por todo povo árabe de gosto literário, como inimitável, por isso, eles apressaram-se a memorizá-lo, mas da mais notável e respeitosa maneira.
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- 5º- Durante a vida do profeta Muhammad
(que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), houve escribas notáves e registradores nomeados para as revelações, quando o Mensageiro de Deus Muhammad
(que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), recebia uma revelação um versículo ou uma mensagem de Deus através do Anjo Gabriel (que a Paz esteja com Ele), dava imediatamente instruções aos seus escribas para os registrar sob a sua supervisão.
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- O que era registrado era verificado e autenticado pelo profeta Muhammad
(que a Paz e Bênção de Deus estejam sobre ele), todas as palavras eram revistas e cada passagem era posta na devida ordem.
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- 6º- Passado algum tempo, as revelações completaram-se e os muçulmanos estavam de posse de registros completos do Alcorão, foram recitados, memorizados, estudados e usados para todos os propósitos diários. Quando uma discrepância surgia, o assunto era levado ao próprio profeta Muhammad
(que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), para se decidir se estava de harmonia com o texto, significado e entoação.
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- 7º- Depois da morte de Muhammad
(que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), o Alcorão estava confiado à memória de muitos discípulos e em numerosas tábuas de registro. Mas isso ainda não satisfazia Abu Bakr (que Deus esteja satisfeito com Ele), o primeiro Califa que receou que a morte de alguns memorizadores em batalhas, pudesse trazer sérias confusões acerca do Alcorão. Por isso, ele consultou autoridades especializadas e depois encarregou Zaid Ibn Thabit (que Deus esteja satisfeito com Ele).
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- O escriba chefe das revelações de Muhammad
(que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), de fazer uma compilação padrão do Livro Sagrado, tal como foi autorizado pelo Profeta Muhammad
(que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), sendo assim ele o fez, sob a supervisão dos companheiros do Profeta, que tinham ouvido e memorizado o Alcorão do próprio Profeta Muhammad
(que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele).
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- A versão completa e final foi verificada e aproveitada por todos os muçulmanos que tinham ouvido o Alcorão do próprio Profeta Muhammad
(que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), e o guardavam na memória e no coração.
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- Isto aconteceu menos de dois anos após da morte do Profeta Muhammad
(que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), as revelações estavam ainda frescas e vivas na memória dos escribas, memorizadores e outros discípulos mais chegados.
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- 8º- Durante o califado de Uthman, cerca de quinze anos depois da morte de Muhammad
(que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), ficou completa a compilação de várias revelações recebidas pelo Profeta Muhammad
(que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), num Livro, o Alcorão.
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- Seguidamente, fez-se a primeira difusão de várias cópias do Alcorão, em diversos territórios, muitos dos habitantes nunca tinham visto ou ouvido o Profeta Muhammad
(que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), por razões geográficas e fatores regionais, conheciam alguns textos do Alcorão com elevadas distorções de acentuação.
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- Diferenças de recitação e entoação começaram a surgir e a causar dicussões entre os muçulmanos, Uthman (que Deus esteja satisfeito com Ele), o segundo Califa atuou rapidamente para resolver esta situação, depois de mútuas consultas com todas as autoridades especializadas, foi constituída uma comissão de quatro escribas da época da revelação, que atuaram junto ao Profeta Muhammad
(que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), na compilação do Livro Sagrado.
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- Todos os textos em uso foram recolhidos e substituídos por uma cópia padrão que passou a ser usada de acordo com a acentuação e dialeto árabe Coraixita, o mesmo e verdadeiro dialeto com acentuação do próprio Profeta Muhammad
(que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele).
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- Esse dialeto foi adotado porque era o melhor de todos os dialetos e o único no qual o Alcorão foi revelado, E a partir desta época, a mesma versão-padrão tem sido usado por milhões de muçulmanos em todas as partes do mundo, sem a mais pequena alteração em palavras ou ordem ou de quaisquer sinais de pontuação.
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- Por estas observações, os investigadores sérios concluem que o Alcorão se mantém hoje, tal qual, como quando a sua revelação e assim se conservará para sempre, nunca lhe foi acrescentado nada; nunca houve nele qualquer omissão ou corrupção, a sua história é tão clara como o dia; a sua autenticidade é indiscutivel, e não resta dúvida alguma de sua completa preservação.
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- O Alcorão está cheio de sabedoria sem exemplo; com respeito à sua origem, características e dimensões, a sabedoria do Alcorão deriva da sabedoria de seu autor que não poderia ter sido outro senão Deus Louvado Seja, o Todo Poderoso.
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- Também deriva da compulsória força do Livro de Deus que é inimitável, o qual é um desafio a todos os homens de letras e de conhecimentos, as soluções práticas que oferece para os problemas humanos e os nobres objetivos que contém para o ser humano, marcam a sabedoria do Alcorão como sendo de natureza e características especiais.
- Dinamismo
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- Praticabilidade
O Alcorão é o eterno milagre. É o último livro de Deus enviado para orientação da humanidade, por intermédio do último Profeta, Muhammad
(que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele).
O Alcorão foi revelado aos poucos, durante um período de 23 anos. O Profeta recebeu a primeira revelação em 610 d.C., na caverna de Hira, na Montanha da Luz (Jabal en-Nur), a duas milhas e meia de distância da Casa de Deus, na cidade de Meca, na Arábia.
A primeira revelação foram os cinco primeiros versículos da Surata (capítulo)Al 'Alaq:
"Lê, em nome do teu Senhor que criou, criou o homem de um coágulo. Lê, que o teu Senhor é Generosíssimo, que ensinou através do cálamo, ensinou ao homem o que este não sabia." (96:1-5)
A última, foi o terceiro versículo da Surata Al-Ma'ida, que foi revelado ao Profeta em 632 d.C.:
"Hoje aperfeiçoei a religião para vós e completei minha bênção sobre vós e aponto o Islam por religião." (5:3)
A Surata Al-Fatiha, de abertura, foi a primeira completa a ser revelada, e a Surata An-Nasr, o Socorro, foi a última.
"Lê, em nome do teu Senhor que criou, criou o homem de um coágulo. Lê, que o teu Senhor é Generosíssimo, que ensinou através do cálamo, ensinou ao homem o que este não sabia." (96:1-5)
A última, foi o terceiro versículo da Surata Al-Ma'ida, que foi revelado ao Profeta em 632 d.C.:
"Hoje aperfeiçoei a religião para vós e completei minha bênção sobre vós e aponto o Islam por religião." (5:3)
A Surata Al-Fatiha, de abertura, foi a primeira completa a ser revelada, e a Surata An-Nasr, o Socorro, foi a última.
O Alcorão está dividido em trinta partes iguais, que são chamadas de juz, em árabe. São 114 suratas, de tamanhos variados, a mais longa é a Al-Bácara, a Vaca, que consiste de 286 versículos, e a mais curta é Al-Cauçar, a Abundância, de apenas 3 versículos. Todo o Alcorão contém 6.666 versículos, com 323671letras. Os capítulos revelados antes da migração do Profeta para Medina são chamados de Meca, e os revelados após a migração, de Medina.
Os capítulos de Meca, de um modo geral, consistem de sentenças breves, cheias de entusiasmo, poéticas, sublimes e resplandecentes. Eles salientam a Unicidade e Majestade de Deus, o Mais Exaltado, o Mais Elevado, denuncia a adoração indolente, promete o paraíso para os justos e adverte os pecadores para a punição do Inferno, confirma o Profeta Muhammad
e lembra a humanidade dos profetas passados e dos eventos de seus tempos.
Por outro lado, os capítulos de Medina são mais extensos e os versículos são mais monótonos. Falam sobre os aspectos ritualísticos do Islam, como o Zakat, o Jejum e a Peregrinação, estabelecem códigos éticos e morais, leis penais, políticas sociais, econômicas e de estado, dão orientação para as relações externas, normas e regulamentos para as batalhas e os cativos de guerra.
Também contêm descrições de algumas das primeiras batalhas do Islam, a condenação dos hipócritas, enfatiza a mensagem básica unificada de todos os profetas passados, confirma que o processo de profecia e revelação se completou e que nenhum profeta virá após Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), nem que qualquer livro novo será revelado, e que a religião de Deus se completa com o Alcorão. Assim, Deus exorta os seguidores da verdade a fazerem do Alcorão seu único guia.
O Alcorão é considerado o milagre eterno do Islam. É o guia melhor e mais completo daquele que vive e busca o prazer de Deus. Os ensinamentos do Alcorão são universais, dirigidos a todas as pessoas do mundo, independente de credo e cor.
Ele ilumina a alma do ser humano, purifica sua moral, condena o erro, ordena a prática do bem e conclama para o estabelecimento da justiça e fraternidade através da obediência a Deus, como a autoridade suprema.
O Alcorão fornece os regulamentos que criam as relações adequadas entre o homem e Deus e entre o homem e o outro. Leva o ser humano a compreender seu papel neste mundo, encoraja-o a pensar e refletir, e o orienta no uso dos recursos naturais.
Em resumo, o Alcorão fornece toda a orientação de que a humanidade necessita. Sem a orientação do Alcorão, a humanidade ainda estaria engatinhando na escuridão da ignorância.
O Alcorão foi revelado aos poucos, de acordo com as necessidades do tempo. O anjo Gabriel o trouxe para o Profeta Muhammad
, que o memorizou. Depois, ele foi preservado de duas formas.
A primeira, pela memorização. Havia um número de primeiros muçulmanos que memorizava cada revelação assim que era revelada e, desta forma, todo o Alcorão estava memorizado quando veio a última revelação. A tradição de memorizar todo o Alcorão ainda continua, e uma pessoa que conhece o Alcorão de memória é chamada de Hafiz Qur'an.
A segunda, através da escrita. Sempre que acontecia uma revelação, ela era escrita imediatamente em tábuas, ramos de palmeiras, em folhas, ou em pele de animais. Isto foi feito originariamente por Zaid bin Thabit, que era o escriba principal além dos 42 outros. O Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), ordenou os capítulos de acordo a orientação recebida do anjo Gabriel e pediu aos companheiros que mantivessem aquela ordem. Abu Bakr, o primeiro califa do Islam, compilou o Alcorão, e Osman, o terceiro califa, mandou fazer várias cópias, enviando cada uma delas para os estados.
O Alcorão é o único milagre vivo. Não há qualquer outro milagre de qualquer outro profeta. De acordo com uma pesquisa, o número de pessoas que memorizaram todo o Alcorão é mais de 10 milhões. Milhões de edições e cópias foram impressas e escritas à mão em quase todas as partes do mundo.
Também foram traduzidas para quase todas as línguas. Durante o período de 1.400 anos, desde que o Alcorão foi revelado, nenhuma única letra foi mudada. Este é o maior dos milagres do Alcorão.
Fonte:http://www.islamismo.org/o_alcorao_sagrado.htm
Estrutura do Alcorão
Nomes das Suras
Divisão para leitura e recitação
Manzil | Jus | Início | Manzil | Jus | Início | ||
---|---|---|---|---|---|---|---|
Sura | versículo | Sura | versículo | ||||
1 | 1 | I | 1 | 4 | 15 | XVII | 1 |
2 | II | 142 | 16 | XVIII | 75 | ||
3 | II | 253 | 17 | XXI | 1 | ||
4 | III | 92 | 18 | XXIII | 1 | ||
5 | IV | 24 | 19 | XXV | 21 | ||
6 | IV | 148 | 5 | XXVII | 26 | ||
2 | V | 1 | 20 | XXVII | 56 | ||
7 | V | 82 | 21 | XXIX | 45 | ||
8 | VI | 111 | 22 | XXXIII | 31 | ||
9 | VII | 88 | 6 | XXXV | 1 | ||
10 | VIII | 41 | 23 | XXXVI | 22 | ||
11 | IX | 93 | 24 | XXXIX | 32 | ||
3 | 11 | X | 1 | 25 | XLI | 47 | |
12 | XI | 6 | 26 | XLVI | 1 | ||
13 | XII | 53 | 7 | L | 1 | ||
14 | XV | 1 | 27 | LI | 31 | ||
28 | LVIII | 1 | |||||
29 | LXVII | 1 | |||||
30 | LXXVIII | 1 |
A compilação do Alcorão
Conteúdo temático do Alcorão
Importância do Alcorão na cultura islâmica
O Alcorão na vida dos muçulmanos
Traduções do Corão
As traduções do Corão (ou Alcorão) são as interpretações do livro sagradodo islamismo para línguas diferentes do árabe, idioma no qual foi escrito originalmente. Ainda que traduzir o Corão seja um conceito de extrema dificuldade, tanto teológica como linguisticamente, as escrituras do islã já foram traduzidas para a maior parte dos idiomas da África, Ásia e Europa.[1]livro sagrado com 114 livros
Referências Sobre Traduções
- ↑ Fatani, Afnan (2006), "Translation and the Qur'an", in Leaman, Oliver, The Qur'an: an encyclopedia, Great Britain: Routeledge, pp. 657-669
Outras Referências
- ↑ Machado, J. P.; Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa, verbete "Alcorão"
- ↑ [1].
- ↑ [2].
- ↑ Centro de Estudos e Divulgação do Islam, Livros Divinos. (visitado em 06/08/2008)
- ↑ "O Alcorão" - tradução de Mansour Challita ISBN 978-8-7799-168-6 -Ed. 1ª - Jan.2010
- ↑ Alcorão: E Deus falou sua língua
Bibliografia
- GUELLOUZ, Azzedine - O Alcorão. Lisboa: Instituto Piaget, 2007. ISBN 972-771-502-8
Ligações externas
.Alcorão Online com pesquisa, tradução em português e original em árabe, com transliteração e recitação do árabe- Multiple Translation of the Qur'an
- O Nobre Alcorão com a Tradução de seu sentido para a lingua portuguesa
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